18 de fevereiro de 2012





Não basta fechar as portas
Alguns pesadelos são como sombras que quebram vidraças
E invadem o espaço curto do tempo
Permaneço simultaneamente
No imaginário dos teus versos
E na realidade dos teus atos

Mas a poesia é forte
E eu me pareço com ela
Aprendi a juntar palavras
Formar frases que parecem fazer sentido
E chamo isso de versos

Hoje acordei
Com letras esparramadas pelo chão do quarto
Recolhi uma a uma
Guardei comigo
Para que sirvam de ponte
Que me levarão até você

Levarei um livro em branco
Meu coração
E os poemas na mão direita

Isso me basta