18 de fevereiro de 2012

FRÁGIL


Tenho poucos minutos
Para deixar
Que a fragilidade
Me alcance
E faça dos meus olhos
Espelhos 
Que reflitam
A noite passada
E faço pouco caso
Do que sinto
Enquanto a fogueira
Da saudade queima
Meus dedos
Escrevo, escrevo, escrevo
Numa linha tempo-espaço

Uma fonte inesgotável
De mim
Molha minhas mãos inflamadas
Das letras feitas de ausência
Início e fim
Coragem e medo
Azul e negro

Num atalho de enganos
O caminho curto para a felicidade
Faz-se longo agora

Escuro.

E eu
Não iluminaria
Nem que levasse
O sol em minhas mãos

Portanto,
Finda-se o tempo
E os poucos minutos que eu tinha
Para sentir-me assim...
Frágil