24 de fevereiro de 2010


SILÊNCIO


E ela o aguardava todas as manhãs.
Ele não fazia barulho.
Invadia seu quarto e a amava.
Ela sentia-se uma deusa.
Seu quarto era o paraíso, o santuário escolhido e separado.
Ele não fazia barulho para sair.
Voltaria mais tarde, se quisesse.
Deixava com ela apenas o gosto amargo da solidão e do silêncio.

Sandra Fuentes